Baseado no aforismo de Descartes: "Penso, logo existo",
alguns entendem que é o pensar que caracteriza a existência.
Existem dois aspectos que podem transformar essa afirmação numa falácia. O
primeiro, e mais óbvio, é que o reino mineral e objetos, tais como cadeiras,
roupas, panelas, dentre outros, supostamente não pensam, e nem por isso, deixam
de existir.
Outro aspecto, segundo Eckhart Tolle, citando Sartre, é que a consciência que
afirma "eu sou" não é a consciência que pensa, ou seja, quando se
está consciente de que se está pensando, essa consciência não faria parte do
pensamento. Conclui o referido autor que "se não houvesse nada além do
pensamento em nós, nem sequer saberíamos que pensamos".
José Anastácio de Sousa Aguiar
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