Mas o melhor do abraço não é a ideia dos
braços facilitarem o encontro dos corpos. O melhor do abraço é a sutileza dele.
A mística dele. A poesia. O segredo de literalmente aproximar um coração do
outro para conversarem no silêncio que dá descanso à palavra. O silêncio onde
tudo é dito sem que nenhuma letra precise se juntar à outra. O melhor do abraço
é o charme de fazer com que a eternidade caiba em segundos. A mágica de
possibilitar que duas pessoas visitem o céu no mesmo instante.
Ana Jácomo
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