Este blog destina-se àqueles que tem interesse em questões ligadas à espiritualidade, à evolução integral e estão sempre em busca do conhecimento.
sexta-feira, 31 de janeiro de 2014
quinta-feira, 30 de janeiro de 2014
Raízes Aladas - Cristiane Caracas
Havia um jardim em um
casarão abandonado de uma rua sem nome. O casarão ficava no final da rua. A
casa não era tão grande para ter recebido o título de casarão, mas, talvez pela
imponência do seu jardim, tenha merecido a alcunha.
De fato, o jardim do casarão
era um espetáculo à parte, com flores de inúmeras espécies que, embora
descuidadas pelo homem, a natureza tratava de vesti-las de forma suntuosa, com
texturas e cores que somente a mãe natureza é capaz de cerzir. Dentre essas
flores existiam as rosas vermelhas. Uma delas pequenina, contrariando os fatos,
era a que mais chamava a atenção.
Chamava-se Bela, fazia jus
ao nome, era de fato bela! Possuía um vermelho diferente das demais, na verdade
nem vermelho propriamente poder-se-ia dizer que era, um escarlate que de tão
vibrante encantava aos olhos de quem se atrevesse a encará-lo. Bela tinha ainda
um aroma inigualável, motivo da inveja das outras rosas. Ninguém jamais soube
descrever aquele perfume que misturava o amadeirado do almíscar, jasmim e
âmbar, tudo junto e misturado de forma tão harmoniosa que enfeitiçava os
sentidos daquele que ousasse chegar perto.
Um inocente beija-flor,
desavisado, atreveu-se a beijar Bela, ficou parado no ar, batendo suas asas de
forma incessante, enquanto todos os seus sentidos eram tomados pela beleza, cor
e aromas da rosa. Um instante, apenas um instante, mais de uma centena de
sensações invadiram o pássaro, indescritível era a palavra para aquele momento.
Quanto à Bela, ave nenhuma
jamais havia ousado sequer aproximar-se, quanto mais beijá-la.
- Quanto atrevimento,
pensou, mas, no fundo, gostou do que chamou de enxerimento de beija flor.
E todos os dias era assim:
ele chegava sem avisar e arrebatava-lhe um beijo, sem pressa, sem a intenção de
tomar-lhe qualquer seiva, de forma inviolável,apenas pelo prazer de inebriar-se
por aquelas sensações. E Bela se deixava beijar, fingia não querer e ter sido
tomada de surpresa em beijos roubados, mas, não passavam de beijos desejados e
esperados. Embora sem aromas ou cores sensacionais aquele beija-flor, sempre
que a beijava, levava um pouco dela com ele. Na verdade levava sua doçura em
forma de néctar e isso os conectava de forma indelével.
Certo dia ele não veio, não
houve beijos roubados e foi aí que Bela se deu conta de um pequeno detalhe que
até então lhe fugia à consciência. Ele era livre, ela não. Bela possuía raízes
que a aprendia ao solo, ele tinha asas que o ofereciam o céu e o levava para onde
desejasse, inclusive para outras rosas.
Angustiou-se, atormentou-se
com a liberdade alheia, desconhecia a condição de livre, mas sabia das
possibilidades e, embora com raízes no solo, faltou-lhe o chão, como se fosse
possível a uma rosa sentir ciúmes.
De suas pétalas saltaram
gotas de orvalhos, cuja salinidade não deixava dúvidas que eram lágrimas de
rosa.
Naquele instante sentiu-se beijada
novamente, não era o mesmo beijo, parecia grosseiro, arrogante, sem sentimento
ou sensações do beijo que era só seu. Não gostou, repugnou, não era ele. Quis
correr, lembrou-se de suas raízes, esquivou-se aproveitando o vento que soprava
naquela direção, quase gritou que pertencia a outro beijo, reagiu como pode,
mas teve consciência de que era apenas uma pequena rosa e ele um beija-flor
qualquer que pouco se importava com seus sentimentos.
Compreendeu que ao escolher
pela ausência, o seu beija-flor tornava-a também livre, liberdade decorrente de
uma disponibilidade dolorosa porque involuntária e não pretendida.
E nesse devaneio de fuga,
viu seu beija-flor chegar que tomado por fúria arremessou-se contra o
aventureiro, como senão fosse permitido a ninguém mais beijar sua rosa. Era
assim, sua rosa e não importava o quanto livre ele fosse e o quão permitido era
beijar qualquer outra rosa ou flor, era somente ela, com seu perfume e cores
inigualáveis que o fazia feliz, como nenhuma outra flor o fazia.
Quis encarcerar a liberdade
e perdê-la naquele jardim para reencontrar nela, somente
nela, num total descaso do livre, porque inútil, abriu mão do céu e desejou
criar raízes como ela, queria ficar ali, naquele jardim abandonado porque era
naquele abandono que se sentia em casa.
Bela e o beija-flor ficaram
juntos e dessa união, com polinizações diárias, fez-se um novo jardim, com
rosas vermelhas do tipo trepadeiras, que buscam sempre o céu, com sementes
aladas que ao menor toque da brisa se dispersam ao vento, revelando suas
origens híbridas de raízes e asas e indicando, como vetores, nada ser
impossível quando se ama de verdade, nem mesmo dar asas a rosas e raízes a
beija flores.
Cristiane Caracas
quarta-feira, 29 de janeiro de 2014
Gentileza - Brahma Kumaris
A
gentileza é o ato puro de elevar os outros, sem qualquer interesse pessoal no
retorno. Ser doce e gentil com aqueles que possam ter o objetivo e nos magoar é
a melhor lição para eles aprenderem a mudar. Por outro lado, se resolvemos falar
a alguém sobre o seu erro, ele tentará escondê-lo e dirá: “Eu não sou assim...”
Portanto, o método de ensinar aquele que procura nos causar dano é tratá-lo com
amor e gentileza.
Brahma
Kumaris
terça-feira, 28 de janeiro de 2014
Motivo para Perdoar
"Se você tiver todos os motivos do mundo para não perdoar e apenas um para perdoar, apegue-se a este."
José Anastácio de Sousa Aguiar
O verdadeiro Poder - Eckhart Tolle
O
poder sobre os outros é a fraqueza disfarçada de força. O verdadeiro poder é interior e está a sua disposição agora.
Eckhart Tolle, em "O Poder do Agora"
segunda-feira, 27 de janeiro de 2014
Amar é libertar-se do medo - Gerald Jampolsky
O
que aconteceria se acreditássemos que o que vemos é determinado pelos
pensamentos de nossa mente? Talvez pudéssemos acalentar uma ideia que, nesse
momento, parece pouco natural e estranha para nós, isto é, que nossos
pensamentos são a causa e o que vemos é o efeito. Nesse caso, não faria sentido
acusar o mundo, nem os que habitam nele, das misérias e sofrimentos que
sentimos, porque, então, seria possível considerar a percepção como um
"espelho e não um fato".
Imagine
também que a mente pode ser comparada a uma câmera de cinema que projeta nossos
estados interiores para o mundo. Quando a mente está cheia de pensamentos
desagradáveis, vemos o mundo e seus habitantes como desagradáveis. Por outro
lado, quando a mente está em paz, o mundo e seus habitantes nos dão a impressão
de estarem em paz. Podemos escolher acordar de manhã e ver um mundo acolhedor
por meio de óculos que filtram tudo, exceto o Amor.
Talvez
conviesse questionar a nossa necessidade de tentar controlar o mundo externo.
Podemos, em vez disso, controlar permanentemente o nosso mundo interior
escolhendo os pensamentos que queremos ter na cabeça. A paz da mente começa com
os nossos próprios pensamentos e estende-se para fora. É a partir da nossa paz
da mente (causa) que surge uma percepção da paz do mundo (efeito).
Gerald
Jampolsky - "Amar é libertar-se do medo"
domingo, 26 de janeiro de 2014
Lei da Mente - Buda
Buda
sábado, 25 de janeiro de 2014
A grande questão - Swami Saraswati
"O grande problema internacional não é a fome, a pobreza, as drogas ou o medo da guerra. É a tensão: a hipertensão e a tensão total. Se souber como liberá-la, você saberá resolver os problemas da vida. Se conseguir equilibrar as tensões poderá controlar suas emoções, raivas e paixões."
Swami Saraswati
sexta-feira, 24 de janeiro de 2014
Bem Supremo - Marco Aurélio
Se
acaso encontrares nessa vida algo melhor do que a justiça, a verdade, a
temperança, a coragem, melhor ainda do que o pensamento que a si mesmo basta
quando, submisso à razão, fornece o rumo certo de atividade, que com seu
destino se conforma ao aceitar a sorte que não escolheu, se, reafirmo,
encontrares algo melhor, abraça-te a isso com todas as forças e goza o bem
supremo que descobristes.
Marco Aurélio
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