Resumo
do Livro X – Duas Histórias Clínicas (o “Pequeno Hans” e o “Homem dos Ratos” (1909)
Análise
de uma fobia em um menino de cinco anos
_ o
tratamento foi efetuado pelo pai da criança, sendo a ele que devo meus
agradecimentos mais sinceros por me permitir publicar suas observações acerca
do caso – p. 15;
_ é
na sexualidade infantil do paciente adulto que se encontram as forças
motivadoras de todos os sintomas neuróticos – p. 15;
_ deve
existir a possibilidade de se observar em crianças os impulsos e desejos
sexuais que tão laboriosamente desenterramos nos adultos – p. 16;
_ os
primeiros relatos a respeito de Hans datam de um período em que ele estava para
completar três anos de idade e demonstrava interesse particularmente vivo por
aquela parte de seu corpo que ele costumava chamar de seu ‘pipi’ – p. 16;
_ seu
interesse pelos pipis o impelia a tocar em seu membro – p. 17;
_
considerações a respeito da aquisição do complexo de castração (o bebê, toda
vez que o seio materno é afastado dele, sente esta privação como uma castração)
– p. 17
_ a ânsia
por conhecimento parece ser inseparável da curiosidade sexual – p. 18;
_ o
grande evento de Hans foi o nascimento de sua irmãzinha Hanna, quando ele tinha
exatamente três anos e meio – p. 19;
_ por
trás de um equívoco está oculto um fragmento de autêntico conhecimento – p. 21;
_ primeiro
traço de homossexualidade de Hans, o pequeno Hans parece ser um modelo positivo
de todos os vícios – p. 23;
_ comportamento
de Hans como um adulto apaixonado – p. 25;
_ sonho
de Hans – p. 27;
_ no
passado Hans sentia prazer em ser observado pelas meninas, mas agora já não é
mais a mesma coisa, seu exibicionismo sucumbiu à repressão – p. 28;
_ primeira
vez em que Hans reconheceu a diferença entre os genitais masculinos e femininos,
em vez de negar a sua existência – p. 28;
Caso
clínico e análise
_ superexcitação
sexual de Hans em razão da ternura de sua mãe, o que ocasionou um distúrbio
nervoso – p. 29;
_ não
é nosso dever compreender um caso logo à primeira vista, isso só é possível num
estádio posterior, quando tivermos recebido bastantes impressões sobre ele – p.
29;
_ começo
da ansiedade de Hans e início da sua fobia. O distúrbio teve início com
pensamentos ao mesmo tempo apreensivos e ternos, seguindo-se então um sonho de
ansiedade cujo conteúdo era a perda de sua mãe. Foi o aumento da afeição por
sua mãe que subitamente se transformou em ansiedade, a qual, diga-se de
passagem, sucumbiu à repressão. A ansiedade de Hans, que assim correspondia a
uma ânsia erótica reprimida, como toda ansiedade infantil, não tinha um objeto
com que dar saída: ainda era ansiedade, e não medo – p. 31;
_ sua
ansiedade correspondia a um forte anseio reprimido e o conteúdo reprimido era
os sentimentos libidinais de Hans por sua mãe – p. 32;
_ uma
neurose jamais expressa tolices, nem mesmo um sonho o faria menos – p. 33;
_ ele
estava lutando para livrar-se do hábito da masturbação – um estado de coisas
que melhor se ajusta à repressão e à geração de ansiedade – p. 33;
_ considerações
sobre o medo de cavalos de Hans – p. 34;
_ uma
vez que o estado de ansiedade se estabelece, a ansiedade absorve todos os
outros sentimentos; com o progresso da repressão, e com a passagem ao
inconsciente de boa parte das outras ideias que são carregadas de afeto e que foram
conscientes, todos os afetos podem ser transformados em ansiedade – p. 39;
_ produção
de efeito adiado da ameaça de castração – p. 39;
_ fantasia
da girafa – p. 41/43;
_ conflito
da Hans entre o amor e a hostilidade para com seu pai – p. 46;
_ transformação
de um desejo reprimido em medo – p. 47;
_ causas
mediata e imediata de erupção de uma fobia – p. 53;
_ conflito
entre o prazer anterior à repressão e a vergonha posterior à repressão – p. 57;
_ considerações
relativas ao lumf – p. 63/66;
_ desejo
do menino em importunar o cavalo tinha dois constituintes: era composto por um
desejo sádico obscuro por sua mãe e de um claro impulso de vingança contra seu
pai – p. 79;
_ no
processo de formação de uma fobia pelos pensamentos inconscientes que a fundamentam,
tem lugar a condensação; e por essa razão o curso da análise nunca pode seguir
o do desenvolvimento da neurose – p. 79;
_
ansiedade provocada pelo complexo de castração – p. 94;
Discussão
_ o
arbitrário não tem existência na vida mental. A não-confiabilidade das
afirmações das crianças é devida à predominância da sua imaginação, exatamente
como a não-confiabilidade das pessoas crescidas é devida à predominância de
seus preconceitos. Quanto ao resto, mesmo as crianças não mentem sem um motivo,
e no todo são mais inclinadas para um amor de verdade do que os mais velhos –
p. 96;
_ a
psicanálise não é uma investigação científica imparcial, mas uma medida
terapêutica. Sua essência não é provar nada, mas simplesmente alterar alguma
coisa. Em uma psicanálise o médico sempre dá a seu paciente (às vezes em maior,
às vezes em menor escala) as ideias conscientes antecipadas, com a ajuda das
quais ele se coloca em posição de reconhecer e de compreender o material
inconsciente. Há alguns pacientes que necessitam mais de tal assistência e
alguns que necessitam menos, mas não há nenhum que passe sem alguma assistência
– p. 97;
_ como
todas as crianças, Hans aplicava suas teorias sexuais infantis ao material a
sua frente, sem ter recebido qualquer encorajamento para agir assim – p. 98;
_ não
vou conseguir convencer ninguém que não se deixe ser convencido – p. 98;
_ o
primeiro traço no pequeno Hans que pode ser encarado como parte da sua vida
sexual é um interesse particularmente vivo por seu pipi. Esse interesse
despertou nele o espírito de inquérito – p. 98/99;
_ o
ego é sempre o padrão pelo qual a pessoa mede o mundo externo – p. 99;
_ considerações
sobre o prazer excretório – p. 100;
_ naquele
que mais tarde se tornam homossexuais encontramos a mesma predominância na
influência da zona genital (e especialmente do pênis) que nas pessoas normais.
Na realidade é a alta estima sentida pelo homossexual pelo órgão masculino que
decide o seu destino. Na sua infância, ele escolhe mulheres como o seu objeto
sexual, enquanto presume que elas possuem o que, a seus olhos, é uma parte
indispensável do corpo; quando ele se convence que as mulheres o decepcionaram
nesse particular, elas deixam de ser aceitáveis para ele como objeto sexual. O
que constitui o homossexual é uma peculiaridade não na sua vida instintual, mas
na sua escolha de um objeto – p. 101;
_
considerações sobre as fobias – p. 106;
_ as
histerias de angústia são os distúrbios psiconeuróticos mais comuns. Mas, antes
de tudo, são as que aparecem mais cedo na vida; são as neuroses da infância por
excelência – p. 106;
_ uma
histeria de angústia tende a desenvolver-se mais e mais para uma fobia – p. 107;
_ o
combate contra a ansiedade faz o indivíduo erigir barreiras mentais da natureza
de precauções, inibições ou proibições; e são essas estruturas protetoras que
aparecem para nós sob a forma de fobias e que constituem a nossos olhos a
essência da doença – p. 107;
_ a
primeira coisa que aprendemos é que a eclosão do estado de ansiedade não foi,
de modo algum, tão repentina como parecia à primeira vista – p.108;
_ o
sucesso terapêutico, entretanto, não é o nosso objetivo primordial; nós nos
empenhamos mais em capacitar o paciente a obter uma compreensão consciente dos
seus desejos inconscientes – p. 110;
_ estão
esperando demais quando pensam que vão curar o paciente informando-o sobre essa
parcela do conhecimento; pois ele nada mais pode fazer com a informação, a não
ser fazer uso dela para ajudar a si mesmo a descobrir o complexo inconsciente –
onde ele está ancorado no seu inconsciente. Um primeiro sucesso desse tipo foi
obtido com Hans. Tendo parcialmente dominado o seu complexo de castração, ele
era então capaz de comunicar seus desejos em relação a sua mãe – p. 110/111;
_ ao
esclarecer Hans sobre esses assuntos liquidei suas resistências – p. 112;
_
não é nada raro acontecer que, só depois de fazer uma certa quantidade de
trabalho psicanalítico com um paciente, um analista possa conseguir saber o
conteúdo real de uma fobia – p. 113;
_ não
devemos surpreender-nos ao encontrar os mesmos desejos reaparecendo
constantemente no curso da análise – p. 117;
_ enquanto
a análise de um caso está em andamento é impossível obter qualquer impressão
clara da estrutura e do desenvolvimento da neurose – p. 119;
_ o
pai que ele odiava como um rival era o mesmo pai que ele sempre tinha amado –
p. 120;
_ transformação
do anseio libidinal de Hans em ansiedade – p. 122;
_ o
conteúdo da fobia de Hans teve que ser submetido a um processo posterior de
distorção e substituição – p. 123;
_
essas supressões primitivas podem ter ocorrido, talvez, para formar a
predisposição para sua doença subsequente. Essas propensões agressivas de Hans
não encontraram saída, e logo que chegou um tempo de privação e de excitação
sexual intensificada, elas tentaram romper sua saída com força redobrada. Foi
então que a batalha que chamamos de sua fobia rebentou – p. 124;
_ a
essência da doença de Hans era inteiramente dependente da natureza dos
componentes instintuais que tiveram que ser repelidos – p. 124;
_ pareceria
que tudo o que os instintos reprimidos obtiveram da neurose foi a honra de
fornecer pretextos para o aparecimento da ansiedade na consciência – p. 124;
_ a
ansiedade surge da supressão do instinto agressivo (Alfred Adler) – p. 125;
_ a
precocidade sexual é um correlato, raramente ausente, da precocidade
intelectual – p. 127;
_ a
análise não desfaz os efeitos da repressão. Os instintos que foram suprimidos
anteriormente permanecem suprimidos, mas o mesmo efeito é produzido de uma
maneira diferente. A análise substitui o processo de repressão, que é um
processo automático e excessivo, por um controle moderado e resoluto da parte
das mais altas instâncias da mente. Numa palavra, a analise substitui a
repressão pela condensação – p. 129;
_ a educação
de uma criança exerce uma influência poderosa para o bem e para o mal – p. 130;
Nota
sobre um caso de neurose obsessiva (1909)
_ primeiro
fornecerei alguns extratos fragmentários oriundos da história de um caso de
neurose obsessiva. É um caso relativamente sério, no qual o tratamento durou
cerca de um ano, acarretou o restabelecimento completo da personalidade do
paciente, bem como a extinção de suas inibições – p. 139;
_ uma
neurose obsessiva não é algo fácil de compreender – é muito menos fácil do que
um caso de histeria – p. 140;
_ as
pessoas que sofrem de um sério grau de neurose obsessiva se apresentam com
muito menos frequência a um tratamento analítico do que os pacientes histéricos
– p. 140;
_ ele
sempre havia sofrido de obsessões, desde a infância, mas com intensidade
especial nos últimos quatro anos. Os aspectos principais do seu distúrbio eram:
medo de que algo pudesse acontecer a duas pessoas de quem ele gostava muito,
seu pai e uma dama a quem ele admirava. Além disso, ele estava consciente de
impulsos compulsivos, tais como, por exemplo, o impulso de cortar a garganta
com uma lâmina: posteriormente, criou proibições, às vezes com conexões com
coisas um tanto sem importância – p. 143;
_
considerações sobre o início do tratamento e a sexualidade do paciente – p. 144/145;
_ o
paciente relata um fato que teria sido o começo de sua doença – p. 146;
_ esse
desejo corresponde à última ideia obsessiva ou compulsiva; e se a qualidade da
compulsão ainda não estava presente no desejo, era porque o ego ainda não se
havia posto em oposição a ele – p. 147;
_ considerações
sobre um aspecto invariável de toda manifestação de neurose – p. 147;
_ ‘Se
tenho esse desejo de ver uma mulher despida, meu pai deverá necessariamente
morrer’. O afeto aflitivo estava distintamente colorido com uma matiz de
estranheza e superstição, e já estava começando a gerar impulsos para fazer
algo a fim de evitar o mal iminente. Esses impulsos deveriam, subsequentemente,
desenvolver-se em medidas de proteção que o paciente adotava – p. 147;
_
resumo da formação da neurose – p. 147;
_ as
neuroses obsessivas, mais do que as histerias, tornam óbvio que os fatores que formarão
uma psiconeurose podem ser encontrados na vida sexual infantil do paciente e
não em sua vida atual – p. 148/149;
O
grande medo obsessivo
_ a
superação das resistências era uma lei do tratamento, e de forma alguma
poder-se-ia dispensá-la – p. 149;
_ simultaneamente
à ideia, sempre aparecia uma sanção, isto é, a medida defensiva que ele estava
obrigado a adotar, a fim de evitar que a fantasia fosse realizada – p. 150;
_ tudo
quanto me pediu foi de fato muito razoável, ser libertado de suas obsessões –
p. 155;
Iniciação
da natureza do tratamento
_ a
verdadeira técnica da psicanálise requer que o médico suprima sua curiosidade,
e deixe ao paciente liberdade total para escolher a ordem na qual os tópicos
sucederão um ao outro durante o tratamento – p. 155;
_ comentários
sobre a morte do pai do paciente e sua autocensura – p. 155;
_ relação
entre a intensidade da autocensura e a oportunidade para ela manifestar-se – p.
156;
_ não
estamos acostumados a sentir fortes afetos, sem que eles tenham algum conteúdo
ideativo; e portanto, se falta o conteúdo, apoderamo-nos, como um substituto,
de algum outro conteúdo que seja, de uma forma ou de outra, apropriado, com a
mesma intensidade que a nossa polícia, não podendo agarrar o assassino certo,
prende em seu lugar uma pessoa errada – p. 157;
_
toda coisa consciente estava sujeita a um processo de desgaste, ao passo que
aquilo que era inconsciente era relativamente imutável – p. 157;
_ os
derivados desse inconsciente reprimido eram os responsáveis pelos pensamentos
involuntários que constituíam a sua doença – p. 158;
_ todo
medo correspondia a um desejo primeiro, agora reprimido, por conseguinte,
éramos obrigados a acreditar no exato contrário daquilo que ele afirmara – p.
160;
_ um
amor assim intenso era a precondição necessária do ódio reprimido – p. 160;
_ o
ódio precisa ter uma fonte e descobrir esta fonte era certamente um problema –
p. 161;
_
jamais constitui objeto de discussões como esta criar convicção. Elas apenas
pretendem trazer à consciência os complexos reprimidos, pôr em movimento o
conflito no campo da atividade mental consciente e facilitar a emergência do
material novo a partir do inconsciente – p. 161;
_ a
fonte da qual sua hostilidade pelo pai tirava a sua indestrutibilidade era,
evidentemente, algo da natureza de desejos sensuais – p. 162;
_
observei que sabíamos muito bem que os pacientes derivavam alguma satisfação
dos seus sofrimentos, de modo que, na realidade, todos eles resistiam, em
alguma extensão, a sua própria recuperação – p. 163;
_ o
senhor deriva o prazer de suas próprias autocensuras como um meio de
autopunição – p. 163;
_
encarava seu sentimento pela morte do pai como a fonte principal da intensidade
da sua doença – p. 164/165;
Algumas
ideias obsessivas e sua explicação
_ a solução
para o esclarecimento das ideias compulsivas se dá ao se levar as ideias
compulsivas a uma relação temporal com as experiências do paciente e
esclarecimentos sobre impulsos suicidas e obsessão de proteger e por
compreensão – p. 165/166/167/168;
_ atos
compulsivos como este, em dois estádios sucessivos, quando o segundo neutraliza
o primeiro, constituem uma típica ocorrência nas neuroses obsessivas – p. 169;
_ conflito
entre o amor e ódio – p. 170;
Causa
precipitadora da doença
_ na
histeria, via de regra, as causas precipitadoras da doença cedem lugar à
amnésia. O caso é diferente nas neuroses obsessivas, quando as precondições
infantis da neurose podem ser colhidas pela amnésia, embora esta, muitas vezes
seja parcial; mas, pelo contrário, os motivos imediatos da doença são retidos
na memória. A repressão utiliza-se de outro mecanismo, que, na realidade, é
mais simples. O trauma, em lugar de ser esquecido, é destituído de sua catexia
afetiva, de modo que, na consciência, nada mais resta senão o seu conteúdo
ideativo, o qual é inteiramente desinteressante e considerado sem importância –
p. 172;
_
relação entre as neuroses e a vida sexual – p. 173;
Complexo
paterno e solução da ideia do rato
_
partindo da causa precipitadora da doença do paciente em sua idade adulta,
existe um fio que conduz à sua infância – p. 175;
_ o
conflito nas raízes de sua doença era, em essência, uma luta entre a
persistente influência dos desejos de seu pai e suas próprias inclinações
amorosas, essa luta era realmente uma luta antiga – p. 176;
_ a
masturbação na puberdade, na realidade, nada mais é do que um revivescimento da
masturbação na tenra infância, um assunto que tem sido até hoje invariavelmente
desprezado – p. 177;
_ quando
criança de menos de seis anos fora duramente culpado por alguma má conduta
relativa à masturbação. Essa punição pusera um fim à masturbação; contudo, por
outro lado, deixara atrás de si um rancor inextinguível pelo seu pai e o fixara
para sempre no papel perturbador do gozo sexual do paciente – p. 179;
_ considerações
sobre o processo nuclear das neuroses – p. 181;
_ seu
inconsciente estava repleto de críticas hostis a seu pai – p. 183;
_
considerações sobre a significação do rato como pênis e como crianças – p.
186/187/188;
_
considerações sobre condições gerais sob as quais ocorreu a formação da grande
ideia obsessiva do paciente – p. 190;
_
quando achamos a solução descrita acima, o delírio que o paciente sofria sobre
os ratos desapareceu – p. 191;
Considerações
Teóricas
Algumas
características gerais das estruturas obsessivas
_ no
ano de 1896, defini as ideias obsessivas como autocensuras transformadas que
reemergiram da repressão e que invariavelmente se referem a algum ato sexual
praticado com prazer na infância – p. 193;
_ os
pensamentos obsessivos sofrem uma deformação semelhante àquela pela qual os
pensamentos oníricos passam antes de se tornarem o conteúdo manifesto de um
sonho – p. 196;
Algumas
peculiaridades psicológicas dos neuróticos obsessivos: sua atitude perante a realidade,
a superstição e a morte
_ a
superstição do paciente dependia de seu modo de pensar obsessivo – p. 199;
_ a
repressão não se efetua por meio da amnésia, mas sim mediante a ruptura de
conexões causais devidas a uma retirada de afeto – p. 201;
_ uma
outra necessidade mental, também compartilhada pelos neuróticos obsessivos é a
necessidade de incerteza em suas vidas, ou de dúvida. A criação da incerteza é
um dos métodos utilizados pela neurose a fim de atrair o paciente para fora da
realidade e isolá-lo do mundo – o que é uma das tendências de qualquer
distúrbio psiconeurótico – p. 201;
_ a
predileção dos neuróticos obsessivos pela incerteza e pela dúvida leva-os a
orientar seus pensamentos de preferência para aqueles temas perante os quais
toda a humanidade está incerta e nossos conhecimentos e julgamentos
necessariamente expostos à dúvida. Os principais temas dessa natureza são
paternidade, duração da vida, vida após a morte e memória – na qual todos nós
costumamos acreditar, sem possuirmos a menor garantia de sua fidedignidade – p.
202;
A
vida instintual dos neuróticos obsessivos e as origens da compulsão e da dúvida
_ o
paciente, em toda a sua vida, fora vítima de um conflito entre o amor e o ódio.
Suas relações com o seu pai eram dominadas por uma idêntica divisão de
sentimentos – p. 205;
_ a
repressão de seu ódio infantil contra o pai foi o evento que colocou todo o seu
modo de vida subsequente sob o domínio da neurose – p. 206;
_ de
quem você gosta mais, do papai ou da mamãe? – p. 206;
_ a
relação entre o amor e o ódio conta-se como a característica mais frequente,
mais marcante e, provavelmente a mais importante da neurose obsessiva – p. 207;
_ o
ódio, sobretudo, conservando-se suprimido no inconsciente por ação do amor,
desempenha um grande papel na patogênese da histeria e da paranoia – p. 207;
_
considerações sobre a dominação da compulsão e da dúvida – p. 208;
_ se
se sucede que uma ordem compulsiva não pode ser obedecida, a tensão fica
intolerável e é percebida pelo paciente sob a forma de uma ansiedade extrema –
p. 211;
_ as
histórias de pacientes obsessivos revelam quase que invariavelmente um precoce
desenvolvimento e uma repressão prematura do instinto sexual de olhar e
conhecer – p. 211;
_ um
pensamento obsessivo ou compulsivo é aquele cuja função está em representar um
ato regressivamente – p. 212;
_
considerações sobre a relação do instinto sexual e a função do órgão olfativo –
p. 214;
_
desintegração da personalidade do paciente em 3 personalidades – p. 214;
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