Certa
feita, atendi uma jovem senhora que, dentre outras questões, reclamava que nos seus
relacionamentos como esposa, mãe, filha e funcionária, se doava muito e não
entendia a razão de receber tão pouco amor em contrapartida, em especial do seu
marido.
Relatou
que se casou muito cedo e pouco tempo depois, vieram os filhos. A rotina do dia
a dia a levou a relegar a busca do autoconhecimento a segundo plano, o que, com
o passar do tempo, minava sua autoestima e amor próprio. Complementou que
sempre se dedicara muito ao marido, sendo sempre compreensiva, companheira e
submissa, pois "o amava muito".
Pois bem,
entendo que dentre outras crises, vivemos "a crise de definição", ou
seja, acatamos algo como verdadeiro, ou pelo menos conveniente, e passamos a
agir de acordo com as nossas crenças, mesmo que as mesmas não tenham qualquer
sustentação lógica.
Uma das
questões que mais traz confusão e incompreensão é a verdadeira definição de
"Amor". Alguns o definem como posse; outros, como segurança,
controle, doação desmedida, sexo, etc.
A
incompreensão desse simples, mas tão importante tema, leva o indivíduo a
navegar por um mar de incertezas e desventuras, que, na minha prática
psicanalista, vejo tende a desaguar no sofrimento, dor, e, por paradoxal que
possa ser, no desamor.
E para
você, o que realmente significa o Amor?
José Anastácio de Sousa Aguiar
Psicanalista, hipnoterapeuta e terapeuta de vidas passadas
Nenhum comentário:
Postar um comentário