Resumo
do Livro VIII – Os Chistes e a sua relação com o Inconsciente (1905)
A.
Parte Analítica
I -
Introdução
_ os
chistes não vêm recebendo tanta atenção quanto merecem, em vista do papel que
desempenham na nossa vida mental – p. 17;
_ De
acordo com Lipps, um chiste é algo cômico de um ponto de vista inteiramente
subjetivo – p. 17;
_ em
geral, o que chamamos de chiste é qualquer evocação consciente e bem-sucedida
do que seja cômico, seja a comicidade devida à observação ou à situação – p. 17;
_ uma
apreciada definição do chiste considera-o habilidade de encontrar similaridades
entre coisas dessemelhantes – p. 19;
_
relação entre o chiste e o cômico – p. 20;
_ a
brevidade é o corpo e a alma do chiste, sua própria essência – p. 21;
_
critérios e características dos chistes – p. 22;
_
valerá tanto trabalho o tema do chiste? – p. 23;
II –
A Técnica dos Chistes
_ o
efeito cômico dos chistes deriva do desconcerto e esclarecimento – p. 25;
_ a
técnica do chiste: abreviação - p. 27/28;
_ processos
de condensação e fusão – p. 32/33;
_ nem
toda brevidade é por si mesma chistosa – p. 35;
_ os
chistes e os sonhos – p. 36;
_ processo
de condensação com formação de substituto, é uma característica universal da
técnica dos chistes? – p. 37;
_ conexão entre chistes e enigmas – p. 39;
_ casos
de duplo sentido – p. 43/44;
_ tipos
de técnicas de chistes: condensação, múltiplo uso do mesmo material e duplo
sentido – p. 48;
_ chistes
influenciados pelo desprezo – p. 51;
_ chistes
qualificados como trocadilhos – p. 53;
_ deslocamento
– p. 57;
_ exemplo
de nonsense no caso de chiste absurdo – p. 62;
_ técnica
dos chistes absurdos – p. 63;
_ revelação
do raciocínio falho – p. 69;
_ chiste
de unificação – p. 71;
_ representação
pelo oposto – p. 76;
_ representação
por alguma coisa similar ou afim – p. 77;
_ a
conexão pode também consistir na similaridade – p. 79;
_
espécie de alusão: omissão – p. 80;
_ há
outro tipo de representação indireta utilizada pelos chistes: a analogia – p.
84;
_ os
interessantes processos de condensação acompanhados de formação de substitutivo,
reconhecidos como o núcleo da técnica dos chistes verbais, apontam para a
formação dos sonhos, em cujo mecanismo tem-se descoberto os mesmos processos
psíquicos. Isso vale igualmente, entretanto, para as técnicas de chistes
conceptuais – deslocamento, raciocínio falho, absurdo, representação pelo
oposto – que reaparecem, cada um e todos, na técnica de elaboração de sonho. O
deslocamento é responsável pelo enigmático aparecimento de sonhos que nos
impedem o reconhecimento de que constituem uma continuação da nossa vida
desperta – p. 89;
III
– Os Propósitos dos Chistes
_ Já
dividimos os chistes em verbais e conceptuais de acordo com a manipulação
técnica do material, estamos autorizados a examinar agora a relação entre tal
classificação e os novos chistes que iremos introduzir – p. 91;
_
chistes abstratos (inocentes) e tendenciosos – p. 91;
_ os
métodos técnicos dos chistes que já descrevemos anteriormente – condensação,
deslocamento, representação indireta, etc. – possuem assim o poder de evocar um
sentimento de prazer no ouvinte – p. 95;
_ produção
de prazer como propósito dos chistes – p. 96;
_ propósitos
hostil e obsceno para o chiste – p. 97;
_ papel
desempenhado pelos chistes a serviço de um propósito hostil. Desde a nossa
infância individual e, similarmente, desde a infância da civilização humana, os
impulsos hostis contra o nosso próximo têm-se sujeitado às mesmas restrições, à
mesma progressiva repressão, quanto nossas tendências sexuais. Não conseguimos
ainda ir tão longe a ponto de amar nossos inimigos ou oferecer-lhes a face
esquerda depois de esbofeteada a direita. Além do mais, todas as regras morais
para a restrição do ódio ativo fornecem até hoje a mais nítida evidência de que
foram originalmente moldadas para uma pequena sociedade dos membros de um clã.
Na medida em que podemos sentir que somos membros de um povo, permitimo-nos
desconsiderar maior parte dessas restrições com relação a estrangeiros – p. 102;
_ papel
dos chistes na agressividade hostil – p. 103;
_ instituições
habitualmente atacadas pelos chistes cínicos: casamento, pois não existe
reivindicação mais pessoal que a liberdade sexual e em nenhum outro ponto a
civilização exerceu supressão mais severa que na esfera da sexualidade – p. 104;
_ classes
de chistes tendenciosos: chistes obscenos ou desnudadores, chistes agressivos
(hostis), chistes cínicos (blasfemos, críticos) – p. 113;
B.
Parte Sintética
V –
O Mecanismo do prazer e a psicogênese dos chistes
_
mecanismo do efeito do prazer – p. 115;
_ no
caso de um chiste tendencioso o prazer procede da satisfação de um propósito
cuja satisfação, de outra forma, não seria levada a sério – p. 115;
_ a
economia na despesa relativa à inibição ou à supressão parece ser o segredo do
efeito de prazer dos chistes tendenciosos e se transmite ao mecanismo dos
chistes inocentes – p. 117;
_ o
prazer em um chiste parece ser também maior quanto mais diferentes sejam os
dois círculos de ideias conectadas pela mesma palavra – p. 118;
_ o
homem é um incansável buscador do prazer, qualquer renúncia do prazer já
desfrutado é dura para ele – p. 123;
_
demonstração que as técnicas dos chistes, que utilizam o absurdo, são uma fonte
de prazer – p. 124;
_ um
bom chiste produz em nós uma impressão total de prazer – p. 128;
_
repressão – p. 130;
_
princípio de cooperação ou intensificação estética – p. 130;
_
princípio da confusão das fontes de prazer, princípio do prazer preliminar – p.
133;
V –
Os motivos dos chistes: os chistes como processo social
_ a
elaboração dos chistes não está ao dispor de todos e apenas alguns dispõe dela
consideravelmente, estes últimos são reconhecidos como tendo espíritos – p.
135;
_
toda uma classe de chistes obscenos permite que se infira a presença de uma
inclinação oculta de exibicionismo em seus interventores, chistes tendenciosos
agressivos têm melhor sorte com pessoas em cuja sexualidade é demonstrável um
poderoso componente sádico, mais ou menos inibido na vida real – p. 137/138;
_
ninguém se contenta em fazer um chiste apenas para si – p. 138;
_
natureza e mecanismo do riso – p. 140;
_ o
riso está entre as expressões dos estados psíquicos mais altamente contagiosas
– p. 149;
_
propósito de se contar os chistes a alguém – p. 149;
_ o
processo de chiste na primeira pessoa produz prazer pela suspensão da inibição
e diminuição da despesa local; não parece entretanto chegar ao fim senão por
intermédio de uma terceira pessoa interpolada, obtendo o alívio geral através
da descarga – p. 150;
C.
Parte Teórica
VI –
A relação dos chistes com o sonho e o inconsciente
_
relação entre os processos de elaboração dos chistes e os processos de
elaboração onírica – p. 151;
_
descrição dos empreendimentos da elaboração onírica – p. 152;
_
produção do sonho – p. 153;
_ a
transformação, visando a possibilidade da representação, a condensação e o
deslocamento são as três principais realizações que se pode atribuir à
elaboração do sonho – p. 155;
_
estágios na formação de um sonho – p. 156;
_
forças que tomam parte na elaboração dos sonhos e sua relação com a formação
dos chistes – p. 156;
_
hipótese de formação de um chiste: um pensamento pré-consciente é abandonado
por um momento à revisão do inconsciente e o resultado disso é imediatamente
capturado pela percepção consciente – p. 157;
_ as
técnicas dos chistes indicam os mesmos processos conhecidos como peculiares da
elaboração onírica – p. 157;
_
outra característica do chiste: é uma noção que nos ocorre involuntariamente –
p. 158;
_
características dos chistes que se refiram a sua formação no inconsciente – p.
159;
_ nos
sonhos, há um retorno da mente a um ponto de vista embrionário – p. 161;
_
entre as técnicas comuns aos sonhos e aos chistes estão a representação pelo
oposto e o uso do nonsense – p. 163;
_
pode-se admitir com certeza que os chistes são formados no inconsciente quando
se trata de chistes a serviço de propósitos inconscientes ou de propósitos
reforçados pelo inconsciente – p. 166;
_ o
gracejo deriva de uma disposição eufórica – p. 167;
_
breve comparação entre os chistes e os sonhos – p. 168;
_ os
sonhos servem predominantemente para evitar o desprazer, os chistes, para a
consecução do prazer – p. 169;
VII
– Os chistes e as espécies do cômico
_
socialmente, o cômico se comporta diferentemente dos chistes – p. 171;
_ o
tipo cômico mais próximo dos chistes é o ingênuo – p. 172;
_
cômico da situação – p. 184;
_
cômico com relação a nós próprios – p. 186;
_
mímica, caricatura, paródia e o travestismo – p. 187/188;
_ um
método técnico adotado em muitos chistes é o de dar trânsito livre a modos de
pensamentos, usuais no inconsciente, mas que podem ser julgados apenas como
exemplos de raciocínios falhos no consciente – p. 190;
_
convergência entre os chistes e o cômico – p. 193;
_ os
chistes e o cômico distinguem-se principalmente em sua localização psíquica;
pode-se dizer que o chiste é a contribuição feita ao cômico pelo domínio do
inconsciente – p. 194;
_ os
chistes apresentam uma dupla fase a seu ouvinte – p. 200;
_ a
condição mais favorável para a produção do prazer cômico é geralmente uma
disposição eufórica, em que está inclinado a rir – p. 204;
_ as
condições desfavoráveis para o cômico procedem do tipo de atividade mental em
que uma pessoa particular se ocupa no momento – p. 204;
_
considerações sobre o cômico da sexualidade e da obscenidade – p. 206;
_ as
crianças carecem do sentimento do cômico – p. 208;
_
comentários sobre o humor – p. 212;
_ a
liberação de afetos aflitivos é o maior obstáculo à emergência do cômico – p.
212;
_ a
economia da compaixão é uma das mais frequentes fontes de prazer humorístico –
p. 214;
_ o
humor se aproxima mais do cômico do que dos chistes – p. 217;
_ o
prazer nos chistes pareceu-nos proceder de uma economia na despesa com a
inibição, o prazer no cômico de uma economia na despesa com a ideação (catexia)
e o prazer no humor de uma economia na despesa com o sentimento – p. 218;
_ a
euforia que nos esforçamos por atingir através desses meios nada mais é que um
estado de ânimo comum em uma época de nossa vida quando costumávamos operar
nosso trabalho psíquico em geral com pequena despesa de energia – o estado de
ânimo de nossa infância, quando ignorávamos o cômico, éramos incapazes de
chistes e não necessitávamos do humor para sentir-nos felizes em nossas vidas - p. 218/219.
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