Certa
feita, Tata e seu fiel discípulo caminhavam pelas belas montanhas do reino,
percorrendo os bosques e lagos que ornamentavam a região. Em um determinado momento,
o companheiro de jornada pergunta a Tata:
_
Mestre, estar em contato com a Natureza nos traz uma sensação de bem-estar
difícil de atingir nas cidades. Por que isso acontece?
Tata,
que havia feito uma parada na caminhada e contemplava a planície de um elevado
ponto da montanha asseverou:
_ Em
verdade, tudo é questão de conexão. Quando o indivíduo não está conectado
consigo mesmo, ele está separado da existência e de suas potências. Somente
aquele que estiver em harmonia com o seu interior, com o Divino que há nele, conseguirá
exercer os dons e potencialidades que lhes são inatos. É a mesma coisa que
retirar um peixe do mar e atirá-lo na areia. A infelicidade, o sofrimento e a
tortura pelos quais ele passa apontam que ele está fora da sua real natureza. O
anseio e o esforço para voltar ao mar nada mais são que formas indicativas de
desconexão, porque o mar é o seu lugar, estar no mar é estar em conexão com a
sua verdadeira natureza. Qualquer sofrimento é simplesmente um indicativo de
que o homem não está em comunhão com a sua existência, com a sua realidade mais
íntima, um indício de que o peixe não está no mar.
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