Era um belo dia de
primavera, Tata e seu fiel discípulo faziam a sua caminhada socrática, quando,
ao passar em frente a uma casa simples de um camponês conhecido, avistaram o
velho amigo que alegremente cortava a lenha, preparando-se para o inverno
vindouro. O velho camponês, ao ver os amigos, os cumprimentou sorridente e
afirmou: “Que bom que tenho essa madeira para cortar, que me será muito útil
nos tempos frios de inverno”. Voltou a trabalhar assoviando.
Poucos minutos de caminhada
depois, ambos avistaram uma outra casa e na varanda frontal à residência, um
homem praguejava, pois teria que cortar uma pilha de madeira. Assim se
expressava: “Que ofício incômodo, preferia estar em outro lugar”.
O interrogativo escudeiro
dirigiu-se ao mestre indagando como duas tarefas idênticas poderiam despertar
duas posturas tão díspares. Sri Prem Tata asseverou: “Lutar contra o seu
próprio destino criando resistências às tarefas e ensinamentos que a vida nos
traz é andar para trás na escala evolutiva. Um dos pontos mais importantes da
prática espiritual é não tentar escapar da sua vida, mas encará-la o mais
honesta e completamente como ela é. Não reconhecer o fluxo da Divindade forçará
a Consciência Divina a repetir o padrão kármico tantas vezes quanto seja
necessário para permitir o amadurecimento emocional e espiritual do indivíduo. Somente por meio da aceitação e da entrega, o indivíduo restabelece a sua conexão com o Todo”.
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