Este blog destina-se àqueles que tem interesse em questões ligadas à espiritualidade, à evolução integral e estão sempre em busca do conhecimento.
quinta-feira, 31 de dezembro de 2015
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domingo, 20 de dezembro de 2015
As Aventuras de Sri Prem Tata - Episódio 11 - A persona de cada um; Ou A armadilha da função inferior
Certa feita, Sri Prem Tata foi
procurado por uma conhecida cantora do reino. Jazlen havia sido a melhor
cantora de sua época, sendo frequentemente requisitada pelo rei para cantar nos
principais festejos, tornando-se assim uma celebridade. Com voz suave, ela
cantava e encantava, entretanto, uma grave enfermidade em suas cordas vocais
deixara-a impossibilitada de continuar seu ofício. Acometida pela depressão e
desânimo, Jazlen, abatida e sem vida, procurou Tata.
Após discorrer sobre os seus
tempos dourados e reclamar do seu destino atual, a antiga cantora desabafou:
“Que lástima para mim ter sido tudo o que fui e agora não ter mais o
reconhecimento e atenção pelo meu trabalho. Quisera não ter vivido o que vivi.”
Tata, após ouvir
pacientemente, as ponderações de Jazlen, asseverou: “Você não é o seu ofício.
Ao apegar-se às glórias que o seu canto trouxe, você correu um grande perigo
que é identificar-se com a persona. Em verdade, a persona é o que não se é realmente, mas sim aquilo que os outros e
a própria pessoa acham que é. A tentação de ser o que se aparenta é grande,
porque a persona frequentemente
recebe seu pagamento à vista, entretanto cobra a sua compensação a prazo. A sua
situação atual, que entende como lástima é, na verdade, a oportunidade para que
você se torne a pessoa que realmente é. Certamente, se você aceitar o
destino que se apresenta, descobrirá um dom extraordinário até então oculto
pela sua sombra, e assim, verdadeiramente, executará a sua missão
nesta encarnação.”
sábado, 19 de dezembro de 2015
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segunda-feira, 7 de dezembro de 2015
Caso Clínico em Psicanálise XI – O difícil primeiro passo da conscientização; ou Ver o outro como responsável pela nossa dor ou como oportunidade de crescimento?
Dora era uma mulher por volta de seus 70
anos de idade. Relatou que havia casado muito cedo e passara toda a vida
dedicando-se a cuidar dos quatro filhos e, logo em seguida, dos vários netos.
Confidenciara que apesar de ter batalhado
tanto em sua vida, não tinha o reconhecimento dos filhos, netos e nem mesmo do
marido. O que lhe feria mesmo era a falta de carinho e atenção por parte daqueles
que ela tanto se dedicara. Complementou nessas palavras: “São todos ingratos,
pois como podem ser tão indiferentes depois de tanto esforço meu. Sinto-me
vítima de todos.”
Relatou ainda que nunca houvera diálogo
com o marido, os filhos e os netos, pois ela estava sempre muito ocupada com os
afazeres domésticos. A história de Dora estava recheada de mágoa, tristeza e
sensação de tempo perdido e abandono.
Os passos do processo terapêutico do
caso de Dora precisariam passar pela retomada do controle emocional de sua
vida, por meio da conscientização de que os outros não podem ser
responsabilizados e cobrados pelas nossas opções, decisões e inconsciência, o
que evita o perigoso caminho da vitimização; bem como pelo treinamento do
perdão, da aceitação, da não-resistência e da gratidão.
Ver o outro como responsável pela nossa
dor somente alimentará o ciclo de sofrimento e mágoa.
Em verdade, todos, que ingressam na vida
de cada um de nós, nos trazem uma mensagem de aprendizado. A interpretação que
daremos para o contexto de cada evento de nossas vidas é uma decisão pessoal e
intransferível, que definirá a saúde mental de cada um.
José Anastácio de Sousa Aguiar
*nomes, sexos e alguns detalhes foram
alterados para proteger a identidade dos pacientes.
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