sexta-feira, 25 de outubro de 2013

Artigos - Subdesempenho Espiritual Satisfatório - José Anastácio de Sousa Aguiar

Subdesempenho Espiritual Satisfatório
"Filósofo em Meditação" obra de Rembrandt
O termo subdesempenho satisfatório é uma expressão normalmente relacionada aos campos da administração, pública e privada, bem como da economia. Trata-se de uma forma de patologia na qual os componentes, em especial as lideranças, de um grupo, seja empresa ou governo, não sabem como atingir o potencial pleno em suas atividades e então se conformam com o que já conseguiram.

Assim, conduzem suas organizações com um sentimento satisfatório de dever cumprido, mas muito aquém do que seria possível atingir se fosse estimulado o desenvolvimento da potencialidade máxima de suas instituições. O consectário lógico de tal miopia a médio e longo prazo é a falência do ente privado e a má prestação de serviços pelo órgão público.

Pois bem, assim como acontece com as instituições, acontece com as pessoas. Alguns crêem que a consecução de objetivos materiais, seja, universidade, emprego, aposentadoria, ou qualquer outra atividade externa ao indivíduo seja o ápice da passagem por este planeta e motivo suficiente para deixar arrastar-se pelo marasmo do cotidiano, limitando-se às manifestações orgânicas do “Id” em detrimento dos mais caros valores do “Superego”, tolhendo, assim, diuturnamente o seu próprio potencial de crescimento emocional e espiritual.  

Concluo com as palavras de Louis-Claude de San-Martin, em “O Ministério do Homem-Espírito”: “Considera brevemente o que te ocupa durante esse percurso. Poderias acaso crer que teria sido para um destino tão nulo que te verias dotado de faculdades e propriedades tão superiores? Terias nascido tão penetrante, tão grandioso, tão vasto nas profundezas de teus desejos e pensamentos somente para consumires tua existência com ocupações tão fastidiosas por sua periodicidade; tão tenebrosas e limitadas em seu objetivo; enfim, tão contrárias à tua nobre energia, dado o capricho que parece mantê-las em sua dependência e delas ser o soberano árbitro?"

José Anastácio de Sousa Aguiar


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