Era o período de festividades anual no reino em que Sri Prem Tata
morava. As ruas se enchiam de colorido e as pessoas, como que por decreto,
sentiam-se leves e soltas, bem como livres de suas obrigações diárias.
Tata e seu fiel escudeiro, por seu turno, permaneciam nas suas
calmarias habituais. Ambos se dirigiam aos bosques para meditação quando se
depararam com uma multidão de foliões vinda no sentido contrário. O assistente
de Tata sobressaltou-se ao ver várias pessoas excedendo-se em seus atos e, de
imediato, indagou o mestre qual seria a razão de tamanho excesso.
Tata, sem sair da sua serenidade, manifestou-se dizendo: “As
manifestações externas de cada um refletem o seu mundo interno. As pulsões interiores
não harmonizadas ficam à espreita de uma oportunidade para exteriorizarem suas
potências”.
“Mas, mestre”. Insistia o companheiro de viagem. “Isso não é certo!”.
Ao que Tata respondeu: “No mundo psíquico, assim como no mundo espiritual, não
há certo ou errado, o que há são causas e consequências, atos e efeitos. Aquilo
que não for equalizado no interior do indivíduo tornar-se-á seu algoz. É assim
para todo mundo. Lembrando, sempre, que não nos cabe julgar quem quer que seja
por ainda não ter encontrado a si mesmo”.
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