terça-feira, 3 de janeiro de 2017

Subdesempenho satisfatório espiritual




Escrevi este pequeno texto em 2011, mas parece-me bem atual.
O termo subdesempenho satisfatório é uma expressão normalmente relacionada aos campos da Administração, pública e privada, bem como da Economia. Trata-se de uma forma de patologia na qual os componentes, em especial as lideranças, de um grupo, seja empresa ou governo, não sabem como atingir o potencial pleno em suas atividades e então se conformam com o que já conseguiram.
Assim, conduzem suas organizações com um sentimento satisfatório de dever cumprido, mas muito aquém do que seria possível atingir se fosse estimulado o desenvolvimento da potencialidade máxima de suas instituições. O consectário lógico de tal miopia a médio e longo prazo é a falência do ente privado e a má prestação de serviços do órgão público.
Pois bem, assim como acontece com as instituições, acontece com as pessoas. Alguns creem que a consecução de objetivos materiais, seja, universidade, emprego, aposentadoria, ou qualquer outra atividade externa ao indivíduo seja motivo suficiente para deixar arrastar-se pelo marasmo do cotidiano, limitando-se às manifestações orgânicas da Inconsciência (individual e coletiva) em detrimento dos mais caros valores da Consciência.  
Concluo com as palavras de Louis-Claude de San-Martin, em “O Ministério do Homem-Espírito”: “Considera brevemente o que te ocupa durante esse percurso. Poderias acaso crer que teria sido para um destino tão nulo que te verias dotado de faculdades e propriedades tão superiores? Terias nascido tão penetrante, tão grandioso, tão vasto nas profundezas de teus desejos e pensamentos somente para consumires tua existência com ocupações tão fastidiosas por sua periodicidade; tão tenebrosas e limitadas em seu objetivo; enfim, tão contrárias à tua nobre energia, dado o capricho que parece mantê-las em sua dependência e delas ser o soberano árbitro?”
José Anastácio de Sousa Aguiar (psicanalista, hipnoterapeuta e terapeuta de vidas passadas)

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