Escrevi
este pequeno texto em 2011, mas parece-me bem atual.
O
termo subdesempenho satisfatório é uma expressão normalmente relacionada aos
campos da Administração, pública e privada, bem como da Economia. Trata-se de
uma forma de patologia na qual os componentes, em especial as lideranças, de um
grupo, seja empresa ou governo, não sabem como atingir o potencial pleno em
suas atividades e então se conformam com o que já conseguiram.
Assim,
conduzem suas organizações com um sentimento satisfatório de dever cumprido,
mas muito aquém do que seria possível atingir se fosse estimulado o
desenvolvimento da potencialidade máxima de suas instituições. O consectário
lógico de tal miopia a médio e longo prazo é a falência do ente privado e a má
prestação de serviços do órgão público.
Pois
bem, assim como acontece com as instituições, acontece com as pessoas. Alguns
creem que a consecução de objetivos materiais, seja, universidade, emprego,
aposentadoria, ou qualquer outra atividade externa ao indivíduo seja motivo
suficiente para deixar arrastar-se pelo marasmo do cotidiano, limitando-se às
manifestações orgânicas da Inconsciência (individual e coletiva) em detrimento
dos mais caros valores da Consciência.
Concluo
com as palavras de Louis-Claude de San-Martin, em “O Ministério do
Homem-Espírito”: “Considera brevemente o que te ocupa durante esse percurso.
Poderias acaso crer que teria sido para um destino tão nulo que te verias
dotado de faculdades e propriedades tão superiores? Terias nascido tão
penetrante, tão grandioso, tão vasto nas profundezas de teus desejos e
pensamentos somente para consumires tua existência com ocupações tão
fastidiosas por sua periodicidade; tão tenebrosas e limitadas em seu objetivo;
enfim, tão contrárias à tua nobre energia, dado o capricho que parece mantê-las
em sua dependência e delas ser o soberano árbitro?”
José
Anastácio de Sousa Aguiar (psicanalista, hipnoterapeuta e terapeuta de vidas
passadas)
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