domingo, 27 de outubro de 2013

Felicidade - Huberto Rohden


"A felicidade só pode ter por alicerce a liberdade, e a liberdade é filha da verdade. Logicamente, só pode ser real e definitivamente feliz quem conhece a verdade, a verdade vivida e saboreada experencialmente.
Atingir a essência das coisas existentes é perceber a unidade através da pluralidade.
Só o Infinito é pleniconsciente, e, portanto, plenamente livre. O homem, todavia, é parcialmente livre, porque parcialmente consciente. Em Deus, a substância infinita, não há vestígio da causalidade, no sentido passivo (ser causado); qualquer outro ser, porém, está sujeito à causalidade passiva, isto é, não-livre.
De maneira que o homem, livre por sua essência divina, não é livre por sua existência humana. Pela ignorância, os sentidos nos mantêm na inconsciência da nossa escravidão.Pela ciência, o intelecto nos torna conscientes da nossa escravidão.Pela sapiência, a razão nos liberta da escravidão.
A verdade sobre Deus, a verdade sobre o mundo, a verdade sobre nós mesmos – eis a grande libertadora!
Compreender o universo, diz Spinoza, é estar libertado dele. Compreender tudo, é estar livre de tudo. Somos escravos de tudo o que ignoramos – somos livres de tudo que sabemos.
A ética racional é a proclamação da suprema e definitiva liberdade do homem.”
Huberto Rohden

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